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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Nuno Álvares Pereira



                                   
                             


         De acordo com os cronistas carmelitas, D. Nuno Álvares Pereira tinha o rosto longo e branco, o nariz afilado, olhos pequenos e vivos, sobrancelhas arqueadas, rugas na testa, uma boca pequena, cabelo e barba ruivos, sendo esta pouco densa e caída.  
         A "Crónica do Condestável" escrita c. 1440 e impressa em 1526, apresenta D. Nuno Álvares Pereira usando uma cota de armas que ostenta o brasão de armas da família Pereira, e armadura branca. A cota de armas (uma veste de pano solto com a heráldica de quem a envergava) e a "armadura branca" eram comuns na época em que a "Crónica" foi escrita - séc. XV.
        No entanto, em 1385 as placas sabiamente articuladas deste tipo de armadura ainda levariam décadas para aparecer na sua forma completa e perfeita. 
        Na verdade, o cronista Fernão Lopes - autor, entre outras, da "Crónica de D. João I" afirma claramente nesta obra que, em Aljubarrota, nem o Condestável, nem os outros nobres usavam cotas de armas; D. Nuno usava uma jaqueta verde bordada com rosas sobre cota de malha e peitoral, braçais, arnez de pernas e guantes. 
          O próprio Rei D. João usava um loudel ornamentado, "semeado de rodas de ramos e em meio outras rodas e escudos de S. Jorge".
          A jaqueta era apertada e acolchoada - especialmente na região do peito - e chegava abaixo dos quadris, cobrindo quase inteiramente a cota de malha. 
          Quanto à proteção de cabeça usada pelo Condestável, Fernão Lopes diz-nos na sua Crónica que pouco antes da batalha de Atoleiros ( que teve lugar em 6 de abril de 1384)  Nuno Álvares colocou um bacinete sem viseira.
          O fresco do  Palácio da Justiça de Fronteira, que representa a batalha de Atoleiros - pintado por Martins Barata , em 1966 - exibe uma das imagens mais interessantes do nosso herói nacional.

                               


                                                                                Detalhe do fresco de Martins Barata


    According to the Carmelite chroniclers, D. Nuno Alvares Pereira´s  face was “long and white”, he had “ a sharp nose , small and lively eyes , arched eyebrows , wrinkles on the forehead , a small mouth , red hair and beard, which is sparse and fallen” .
      The “Crónica do Condestável” (Constable´s Chronicle”) written circa 1440 and first printed in 1526, presents D. Nuno Álvares Pereira wearing a tabard bearing the Coat of arms of the Pereira family, and white armor.  
     Those were common by the time the “Crónica” was printed; however, the white armour’s  wisely articulated plates would still take decades to appear in its complete and perfect form.
      In fact, the chronicler Fernão Lopes, author, among others, of the “Crónica de D. João I” states clearly that, at Aljubarrota,  neither the Constable nor the other noblemen wore coats of arms on their garments; the Constable wore a green jupon embroidered with roses over chain mail and  breastplate; he also wore  arms and legs armour, and gauntlets.  
      King D. João himself wore a “loudel " ornamented with wheeled branches and shields with St. George´s cross.
     The jupon was tight and padded - especially in the chest area - and reached below the hips, covering almost enterily the chain mail.
          Regarding the head protection worn by the Constable, Fernão Lopes tells us that,  just before the battle of Atoleiros (6 April 1384) took place,  Nuno Álvares put his “open faced bassinet” on.


     The Fronteira Courthouse fresco, depicting the battle of Atoleiros - painted by Martins Barata in 1966 - shows us one of the most interesting images of our national hero. 

                

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